O Governo anunciou que os livros escolares das 4.ª e 5.ª classes estão a ser produzidos localmente e estarão disponíveis para o ano lectivo de 2026. A medida visa fortalecer a capacidade nacional de produção editorial e reduzir a dependência de importações, ao mesmo tempo que reforça o compromisso com a melhoria da qualidade da educação em Moçambique.
O anúncio foi feito pela Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, durante a abertura do I Conselho Coordenador do sector da Educação, que decorre sob o lema “Educação, Investigação e Cultura: Vectores Fundamentais para o Desenvolvimento Sustentável do País”.
De acordo com Tovela, o Governo está também a honrar os compromissos financeiros com professores e alfabetizadores, iniciando o pagamento das dívidas referentes às horas extras dos anos de 2023 e 2024.
“Estamos a pagar as dívidas relacionadas com as horas extras dos professores e alfabetizadores. Começámos a pagar 2023 e 2024 está em preparação. Apelamos mais humanismo, responsabilidade e respeito à lei, pois o Governo está a pagar, mesmo que demore, todas as dívidas serão liquidadas”, garantiu a ministra.
No que diz respeito ao material escolar, Tovela destacou que os manuais das 4.ª e 5.ª classes estão a ser produzidos no país como forma de testar a capacidade nacional de edição e impressão. Para os restantes níveis, a distribuição dos livros já está em curso nos distritos.
“São duas classes que têm os livros produzidos no país, estamos a testar a capacidade nacional. Os livros para os outros níveis estão a chegar e estamos a preparar a recepção e distribuição para garantir que cheguem cedo às escolas”, explicou.
Questionada sobre as condições estruturais de algumas escolas nas províncias de Maputo e Gaza, a ministra assegurou que o Governo está a mobilizar recursos para intervir nas infraestruturas em risco de colapso, nomeadamente nas escolas de Namaacha e Chibuto.
Relativamente à província de Cabo Delgado, onde o ensino tem sido afectado pela instabilidade armada, Tovela afirmou que o Governo tem garantido o acolhimento dos alunos deslocados em todas as províncias.
O Conselho Coordenador, que decorre até 10 de Outubro, reúne quadros da Educação de todo o país. Entre as prioridades apresentadas, destaca-se a introdução de novos manuais de Educação Moral, Cívica e Patriótica, bem como de Artes e Cultura, a partir do próximo ano lectivo, com o objectivo de reforçar os valores éticos e reduzir comportamentos desviantes nas escolas.
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