Em Maxixe, inaugurou-se… uma
paragem. Sim, uma simples paragem. Mas não pense que foi qualquer coisa. Teve
fita, teve pompa, teve espumante! Faltou só o tapete vermelho e talvez uns
fogos de artifício para marcar o evento digno de um prémio Nobel da
Infraestrutura Básica.
Ali
está ela, paredes de tijolo, banco de cimento e o símbolo de acessibilidade
cuidadosamente colado, mas sem rampa nem espaço real para cadeiras de rodas.
Detalhes, o importante é o show.
A
população olhava, uns curiosos, outros envergonhados, outros a pensar se deviam
rir ou chorar. A pergunta que ficou no ar e bem abafada pelo barulho dos
brindes é, quanto custou? Mas como sempre, a resposta foi lançada ao vento.
Obra do coração, dirão alguns. Mas coração não paga cimento.
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