O Estado moçambicano poderá ter perdido mais de cinco mil milhões de meticais em salários pagos a funcionários fantasmas ao longo da última década, segundo uma análise da Integrity Magazine, baseada em dados oficiais e levantamentos recentes.
A estimativa ganha força após o anúncio do Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, que revelou a desativação de cerca de 18 mil funcionários inexistentes da folha de pagamentos do Estado, apenas no presente ano.
O pronunciamento foi feito em Xai-Xai, durante as cerimónias centrais alusivas ao Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, onde o ministro destacou que o fenómeno de funcionários fantasmas representa um dos maiores desafios à boa governação e à transparência na gestão pública.
Segundo Impissa, o Governo tem intensificado os mecanismos de controlo e verificação de pessoal, com vista a eliminar práticas fraudulentas que comprometem a credibilidade e a sustentabilidade financeira do Estado.
Este novo levantamento volta a expor a fragilidade dos sistemas de gestão de recursos humanos na função pública, levantando questões sobre responsabilização, fiscalização e controlo interno nas instituições estatais.
Analistas defendem que a persistência deste fenómeno demonstra a necessidade de reformas estruturais mais profundas, que assegurem uma administração pública eficiente, transparente e orientada para resultados.
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