A Frelimo afirmou que Moçambique não pode paralisar devido à ausência de alguns actores nos processos de paz e diálogo nacional. O posicionamento foi apresentado pelo porta-voz do partido, Pedro Guiliche, na noite de quinta-feira, na Matola, em reação às declarações do filósofo Severino Ngoenha, que havia criticado o alegado desvio dos objetivos do diálogo nacional inclusivo e a exclusão de figuras importantes do processo.
Durante mais uma sessão ordinária, a Comissão Política da Frelimo analisou temas como o diálogo nacional inclusivo e o papel das Forças de Defesa e Segurança no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
“A Comissão Política saúda o povo moçambicano e as confissões religiosas pela sua contínua participação na consolidação da paz, da coesão social e da unidade nacional. Sem paz e segurança, o desenvolvimento e a agenda de independência económica ficam mais distantes da concretização”, destacou Guiliche.
Quanto às críticas de Ngoenha, o porta-voz foi categórico: “O país não pode parar à espera de alguém que, eventualmente, não quer participar. O país é feito pelos moçambicanos que se predispõem a contribuir sem condicionalismos”.
Guiliche reafirmou ainda que o diálogo nacional está aberto a todos os cidadãos. “O Presidente Daniel Francisco Chapo deixou claro, no lançamento desta iniciativa, que este diálogo é inclusivo e está aberto a todos os moçambicanos”, acrescentou.
Sobre a situação em Cabo Delgado, o porta-voz reconheceu o esforço do Governo e das Forças de Defesa e Segurança no combate ao terrorismo. “Há oito anos enfrentamos o terrorismo em Cabo Delgado, e nunca se escondeu essa realidade. As nossas forças, juntamente com as forças amigas e locais, têm demonstrado bravura no combate e contenção das ações terroristas”, afirmou.
A Frelimo reforçou ainda a importância de fortalecer a relação entre o Estado e a sociedade, promovendo a cidadania, a solidariedade e a paz como pilares essenciais para o progresso nacional.
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